26 de dez. de 2010

Crepúsculo

Talvez para muitos isso não passe de paixão ou admiração por algo surreal, talvez isso não signifiqe nada , mas para muitos isso é tudo. É um livro que representa em cada pág a emoção de se viver um amor por mais indescritivel qe seja , e é isso qe conquista e move tantos fãs , não é apenas o imaginario , é algo qe motiva a viver e a sonhar. Podem sim existir milhares de livros no mundo , milhares de historias de amor , mas nada comparado com a sensação qe apenas esse livro traz , cada palavras é um sentimento , é uma sensação diferenciada. Entre tantas coisas foi nesses livros qe muitos aprenderam o que é amar , o que é se emocionar , o qe é se fascinar por palavras. E mesmo qe os livros nao sejam eternos , as memorias e tudo qe fora lido é ! Cada dia qe passa esse livros fazem mais e masi pessoas felizes , ou seja , não são apenas livros , são sonhos em formas de palavras , a eternidade começa agora <3




6 de nov. de 2010

Robert Pattinson e Kristen Stewart já chegaram no Brasil!

Olá gnt,
tava navegando no site da Capricho, qee tem um blog especial: "atrás de Robesten" pra quem já viu, e estão atualizado, sempre que veem alguma novidade, com fotos, noticias ...
O Robert Pattison e a Kristen Stewart já chegaram no Rio de Janeiro e, nesse minuto, estão lá no Copacabana Palace se acomodando. =D
Os fãs, que teem a imeensa sorte de morar, ou estar lá no Rio, fikam a tarde inteira, a noite... só pra poder ver, se o casal, apareçem! Ou melhor, também vão aos pontos turisticos do Rio, pra ver se flagram os dois, derepente. { dá o maior trab pra colokar as fotinhas, mas resolvi coloka pra vcs amores s2}


Pessoal reunido \o/ qeria tá ai ): mas num dáá

Flagrinha da Kristeen no avião vindo pro Rioo



Foto do Robert veio diretamente do Twitpic da Cybemelli. A caminho do Brasil, antes do embarque…



No domingo, chega no Copacabana Palace, Os Jonas Brothers, equipe Camp Rock 2 e Ashley Greene. Já que a Ashley é do filme, será que vai rolar uma reuniãozinha entre todo mundo? >.<

Se quiserem smp daar uma olhadinha, no blog, akee o link:
http://capricho.abril.com.br/blogs/uau/uau/robsten

Beijos,
Jade Cardoso

PS: Depois posto mais capitulos do Rising Sun, se quiserem (;

31 de out. de 2010

Rising Sun- Capítulo 13 : Sol Nascente

[Essa Fanfic foi escrita por mim e é nada mais que uma homenagem ao trabalho maravilhoso de Stephenie Meyer e à essa saga que todos nós amamos.
Se gostaram da Fic, divulguem para outros fãs da saga! Bjos, Anna Grey!]




Capítulo 13 – Sol Nascente

Eu não sei onde estive – nem por quanto tempo – perdida dentro de mim mesma. Estava vagamente consciente do ar frio – cada vez mais frio – passando por mim, do som dos passos firmes e rápidos de Jacob, de sua respiração estável em minha pele. Não sei o que me trouxe, aos poucos e desorientadamente, de volta a meu próprio corpo. Sentia-me uma estátua viva, uma pedra rígida com um coração pulsante. A pele de Jacob era um contraste confortável a minha, como uma ligação com o mundo dos vivos, uma parte minha que sobreviveu ao congelamento. O coração dele impulsionava o meu a bater, embora num ritmo desigual.
Eu não sabia onde estávamos, não sabia para onde ele estava me levando, mas eu não me preocupei com isso. Eu confiaria minha vida a Jacob, e sabia que ele zelaria por ela com a sua própria. Por algum tempo só me concentrei nos sons da noite ao nosso redor, os ecos que deixávamos ao passar por entre as árvores e arbustos. Então, tão subitamente que demorei a perceber, Jacob parou e me baixou ao chão. A luz de postes incidia por entre as árvores a alguns metros à frente. Jacob me colocou deitada entre as folhagens murchas de um abeto, às sombras das luzes fracas de alguma rua deserta, em alguma cidade ao norte. Tentei encontrar minha voz. Tentei me colocar de pé, me mover, reagir de algum modo àquela paralisia de membros e mente, mas um torpor gélido se instaurou sobre mim, e ele era infinitamente mais forte que eu, ou minha vontade de reagir.
- Ness, olhe pra mim. – Tentei obedecer. Deixei as mãos quentes e grandes me guiarem e encontrei um par de olhos castanhos enegrecidos pelas sombras da noite. –Eu vou te deixar aqui por um minuto. Volto antes que você perceba que saí. Fique quieta e não saia daqui. – Ele permaneceu encarando meus olhos vidrados por um momento e depois saiu, me deixando no mais intenso frio que já experimentei, embora a temperatura externa nada tivesse a ver com isso. Uma pequena parte de mim queria saber onde ele tinha ido, mas era pequena demais para vencer toda a névoa em minha mente. Uma lanterna de pilhas fracas.
Forcei meus pensamentos a retroceder, tentei me lembrar de quem eu era. Flashes e rostos acendiam e se apagavam em meus pensamentos turvos. Uma sala ampla e iluminada, a música de um piano ao canto, o som de risadas melodiosas. Uma cabana entre árvores, um par de olhos âmbar me olhando ternamente, um aroma quente e amadeirado se misturando à floresta ao redor da praia. Todas as coisas que me faziam quem eu era foram surgindo e brotando em minha mente. Meus pais, minha família, a tribo que, de alguma forma fazia parte de mim. O amor que eu sentia por ele. Ele, que de tantas formas contribuiu para o que eu era hoje, que de tantas maneiras, salvou o dia. Ele, que me salvou de mim mesmo.
O barulho de pneus derrapando contra o asfalto, o vidro se partindo. Dois tiros ecoando na noite, três corpos estendidos no chão, o sangue em minhas mãos. Lembrar foi mil vezes pior do que sucumbir à letargia. O peso da culpa e da vergonha me atingiram em cheio no peito. Um soco de aço em meu estômago. Um grito agudo e desesperado ecoou nas árvores e se estendeu até a rua deserta. Foi só quando arfei, tentando encontrar o ar que desaparecia de meus pulmões, que compreendi que o grito saíra de minha boca.
Jacob reapareceu entre os galhos um segundo depois. Ele estava reclinado protetoramente sobre mim, murmurando palavras tranqüilizadoras, mas eu só podia senti-lo distante de mim, como se eu nunca mais pudesse alcançá-lo. Senti meu corpo deixar o solo e logo percebi que cruzávamos a margem da floresta, encontrando a luminosidade fraca e amarelada das luzes dos postes. O vento corria livremente pela rua deserta. Fora da proteção das árvores, eu pude sentir a leve garoa gélida bater em meu rosto. Meu corpo era um objeto sem peso, inerte nos braços quentes de Jacob. O céu estava imerso em total escuridão, embora estivesse inquieto, nenhuma nuvem aparecia para reivindicar o movimento hostil acima de nossas cabeças. Um clarão resplandecente incidiu daquele céu imaculado e um estrondo feroz estremeceu o solo quando paramos em frente à última casa da rua.
***
Quando a porta de carvalho escuro se fechou atrás de nós, toda movimentação daquela noite escura e tempestuosa cessou, deixando um silêncio agourento nos envolver no que me pareceu ser um hall de entrada. Não havia nenhuma luz ali, exceto os clarões momentâneos dos relâmpagos, que penetravam as cortinas rendadas da pequena sala à nossa frente. Tentei focar meus olhos em alguma coisa ao redor, encontrar algum indício de que eu estava de volta à La Push, mas nada ali era familiar a mim. O silêncio que zumbia em meus ouvidos não se estendia à minha mente, as lembranças recentemente despertas estavam fervendo dentro de mim, borbulhando como um caldeirão prestes a transbordar. Jacob cruzou a sala e um cheiro de cinzas e madeira seca pairou no ar, devia haver alguma lareira por ali. Os degraus de uma escada estreita rangeram quando Jacob nos conduziu ao andar superior. Onde estávamos? Por que Jacob me trouxe aqui? Perguntas que eram apenas ecos fracos no meio do turbilhão de pensamentos e imagens em minha mente. Aquela bagunça estava me deixando tonta, sonolenta e desorientada dentro do meu próprio corpo. Outra porta se abriu no fim do que me pareceu ser um corredor vazio e estreito. Um cômodo mais amplo e arejado se estendeu à nossa frente, senti pelo deslocamento de ar ao passarmos que ali havia poucos móveis e estava desabitado há algum tempo. Havia poeira e umidade no ar.
Jacob me colocou sobre os lençóis frios da cama, empilhou alguns travesseiros e me deitou.
Ouvi o baque oco das mochilas batendo no chão. Fechei meus olhos, temendo o que veria se os mantivessem assim por muito tempo. Eu estava com medo de dormir, não queria sonhar com aquela estrada, com aqueles homens, com o sangue que ainda manchava minhas roupas e meu rosto, cujo gosto ainda permanecia em minha boca. Não queria ficar ali, vendo Jacob cuidar de mim como se eu fosse uma boneca frágil, vendo-o zelar por meu sono enquanto segurava minhas mãos sujas de sangue seco. Mas eu não conseguia me mover, apesar do torpor ter-se esvaído e deixado para trás aquelas imagens detestáveis, eu ainda não conseguia fazer meu corpo me obedecer. Até mesmo respirar era um esforço contínuo e árduo, e minhas últimas energias estavam sendo destinadas a me manter acordada. Jacob andava de um lado a outro do quarto, revirando gavetas e armários. Ele acendeu algumas velas e as distribuiu pelo cômodo, pela primeira vez desde o acidente eu pude ver seu rosto, e isso me ajudou a me manter desperta. Ele não percebeu meu olhar, seguindo-o para todos os lados, depositando nele minhas últimas forças – minhas últimas esperanças. Observei ele apanhar uma toalha e desaparecer por uma porta à esquerda, segundos depois o barulho de água quebrou o silêncio e se misturou com a chuva que martelava o vidro atrás das cortinas. Uma luz fraca transpassou a porta entreaberta e se juntou à luz amarelada e trêmula das velas espalhadas pelo quarto. Jacob parou no portal recém iluminado e me olhou, seu rosto estava envelhecido, um cansaço impertinente pesando em suas pálpebras. Eu o estava esgotando com meu jogo de gato e rato, caçando um fantasma, perseguindo uma intuição. Estava obrigando-o a permanecer longe da família, a perder os últimos anos de seu velho pai, estava obrigando-o a assistir meus espetáculos bizarros de alucinações e assassinatos. A sombra de culpa que pairava sobre mim ganhou toneladas a mais ao ver Jacob tão cansado e triste. Era como se seu pesar se unisse ao meu, como gotas de óleo sobre a água, impossível de se diluir. Ele forçou um sorriso nos lábios que não alcançou seus olhos exaustos, ficou ali me olhando por minutos intermináveis até que se aproximou da cama, arrastando os pés. Sentou-se a meu lado e pegou minhas mãos. Eu tive vontade de vomitar ao vê-lo se aproximar de mim e me tocar, tinha nojo de mim mesma por deixá-lo me tocar, me sentia indigna de seu toque. Ele parecia tão pesaroso por meu estado, que de início pensei que talvez ele também estivesse com nojo de mim. O calor inundou minha garganta e as lágrimas turvaram minha visão. Era um nó incapaz de ser dissolvido, uma tristeza e desesperança que transpunham o limite da razão. Nada pude fazer para conter as lágrimas, e como a grito na floresta, não percebi os gemidos e soluços escapando de minha garganta. Jacob me abraçou e a sensação de seus braços me envolvendo fez meu egoísmo falar mais alto que minha vergonha por deixá-lo me tocar.
- Shhhh… Está tudo bem Ness. – Jacob me balançava nos braços, como se estivesse ninando um bebê com medo do escuro. – Shhhh… Vai passar, vai passar.
Eu devia saber, devia ter imaginado que seria assim. Quando você cresce, as coisas a sua volta também aumentam de tamanho. Os sentimentos se ampliam, as dores são mais intensas, os problemas se tornam mais difíceis, tudo muda quando você muda, e nos últimos dias, eu mudei tão rápida e radicalmente que não era capaz de me reconhecer. Não sabia o que esperar do dia seguinte, estava inteira e completamente perdida dentro de mim mesma, agarrando-me à única coisa que me fazia sentir quem eu era. Jacob Black.
Os soluços diminuíram ao ponto de me permitir respirar, meu rosto estava molhado e meus olhos inchados e turvos. Jacob tirou meus tênis, desceu o zíper do meu casaco, enquanto trabalhava, murmurava planos para nós. Ele disse que queria conhecer Paris no inverno e visitar o tal do Louvre, disse que iríamos ao México tomar tequila e comer tortillas e ele desafiaria Emmet a pular de Bungee Jump sem a corda. Jacob sorria para mim, e era difícil resistir às idéias que ele plantava em minha mente. Uma realidade muito distante de mim.
Desabotou meu jeans rasgado e sujo e o deslizou por minhas pernas. Jogou-o com minhas meias na pilha de roupas sujas no chão. Eu o olhava, absorvendo cada palavra que saía de seus lábios, eu queria bebê-las, para que ficassem dentro de mim por mais tempo, e afogassem as vozes insistentes que habitavam as paredes do meu cérebro. Ele me pegou no colo e enquanto me conduzia ao banheiro me entreteu com uma história de como sua mãe tinha que obriga-lo a tomar banho, ele corria por La Push o dia todo com Embry e Quil e ficava muito sujo, era um garotinho magricela e descabelado que adorava carros. Tão diferente desse homem que, uma vez se apaixonou por uma jovem e a perdeu para um vampiro, tão distante do alfa quileute que desertou de sua tribo para seguir a filha mestiça da mesma jovem que ele amou – a vampira que ele agora despia e mergulhava numa banheira de água morna, afim de lavar o sangue ressecado de sua pele de mármore. Quantas voltas mais esse mundo poderia dar? Quantas vezes mais nós nos olharíamos no espelho e desconheceríamos a imagem que nos encara? Jacob mudou desde então, será que ele me amaria depois de todas a minhas mudanças – tão perturbadoramente violentas? Quem seria Renesmee Cullen depois dessa noite?
A água morna relaxou meus músculos rígidos, aos poucos meu corpo foi esquentando e eu agradeci Jacob mentalmente. Ele esfregava meus braços e minhas costas com uma bucha de banho, cujas cerdas ficaram avermelhadas com o sangue que se desprendia de minha pele. Eu estava tão absolutamente devastada, que nem mesmo senti vergonha de estar nua na frente de Jacob. A medida que meu corpo relaxava, a sonolância me atingia com mais intensidade.
Jacob sentou na beirada da banheira de louça branca e me ajudou a terminar o banho, sempre alimentando uma conversa agradável para preencher o silêncio constrangedor.
Suas mãos alisaram meu rosto, pressionando levemente minhas bochechas, meus olhos e meus lábios. A água me ajudou a pensar mais calmamente e a voz de Jacob mantinha minha mente ocupada. Em um passado não tão distante, ou em algum futuro incerto, em qualquer outro momento, qualquer outro ângulo que eu olhasse aquela situação, eu veria algo diferente daquilo. Mas agora, nesse momento, eu só conseguia ver a doçura e delicadesa com que Jacob cuidava de mim. Todos os outros ângulos estavam eclipsados por esse carinho quase paternal que emanava dele. E Deus, como eu o amava! E como eu me sentia menor que esse sentimento, como se meu corpo – meu coração – fosse pequeno demais para suportar as proporções de algo que parecia inflar a cada dia.
Ele me colocou na cama, vestindo um shorts e uma regata de algodão – que eu percebi que não eram minhas. Eu definitivamente estava me sentindo melhor, mais leve e mais controlada. Ele me enrolou em um edredon e sentou-se a meu lado, esperando meu cansaço me vencer. Eu queria dizer tantas coisas para ele…mas tinha medo de despertar daquela leve calmaria que se instalou em mim. Arrisquei uma pergunta inofensiva:
- Onde estamos? – Minha voz saiu rouca e fraca. Jacob sorriu ao me ver mais sóbrea.
- Não sei bem que cidade é essa, deve ser na divisa com o Canadá. Também não sei de quem é essa casa, apenas invadi a primeira casa vazia que encontrei. – Ele não pareceu envergonhado em dizer isso, parecia indiferente a qualquer fator externo àquele quarto.
Ele se levantou após alguns minutos de silêncio, beijou o alto de minha cabeça e sussurrou:
- Volto logo. Você vai me ouvir no chuveiro. Quer que eu fique até você dormir? – Acenei negativamente com a cabeça e forçei um leve sorriso para encorajá-lo. Quando ele saiu, fiquei examinando o cômodo a minha volta. A cama em que eu estava era grande, a cabeceira era adornada com formas que imitavam ramos de folhas e flores esculpidas na madeira maciça. Havia uma penteadeira no mesmo estilo em frente a cama, recostada na parede oposta. Um espelho grande e suntuoso fazia reflexo às velas na cabeceira da cama, e quadros, no mínimo cinco quadros de temas diversos espalhados pelas paredes do quarto. Era uma decoração incomum para os humanos modernos. A chuva havia se transformado numa garoa fina, e por um instante eu só ouvi o vento sacudindo as árvores do outro lado da rua. Jacob saiu do banheiro chacoalhando os cabelos, o que me fez lembrar de Rose, implicando com os modos “caninos” de Jacob. Ele vestia uma calsa branca de malha que ficou um pouco curta para seu tamanho, a luz das velas acentuou o tom avermelhado de sua pele e fez o branco se contrastar fortemente. Ele surpreendeu meu olhar e se aproximou.
- Hey, ainda acordada? – Eu não conseguia parar de olhá-lo, parecia uma besteira fechar os olhos para uma imagem tão bonita. – Eu só vou pegar alguns travesseiros e já estou saindo, você precisa descansar. – Ele sorriu e acariciou meu rosto. Eu definitivamente não queria que ele me deixasse “descansar” sozinha. Ele ia se afastando quando eu disse:
- Jake.
- Que foi? – Ele se virou e me encarou.
- Fique. Fique comigo essa noite.
Quando adormeci, envolta o mais próximo que eu podia nos braços dele – ao contrário do que eu contava como certo – não sonhei. Pesadelo algum foi capaz de penetrar os escudos que nossos corpos formaram juntos. Na verdade, foi a noite mais tranquila que já tive na vida.

26 de out. de 2010

Rising Sun- Capítulo 12 : A Estrada

[Essa Fanfic foi escrita por mim e é nada mais que uma homenagem ao trabalho maravilhoso de Stephenie Meyer e à essa saga que todos nós amamos.
Se gostaram da Fic, divulguem para outros fãs da saga! Bjos, Anna Grey!]





Capítulo 12: A Estrada

- Eles vão nos rastrear Nessie. Assim que meu pai disser a eles que não voltamos para casa. – Jacob cortou o silêncio sufocante. Seguíamos pelas estradas secundárias com o sol se pondo à nossas costas. Fui tragada de meus devaneios pelas palavras de Jacob, e imediatamente me vi planejando o próximo passo. Era estranho como essa nova Renesmee pensava e agia. Era quase como se meus instintos fossem milhões de vezes mais rápidos que eu. Senti meus músculos se retesarem com a perspectiva de ser caçada pela minha própria família. O que eles pensariam quando descobrissem que eu estava fugindo deles? O que fariam quando soubessem que eu e Jacob não estivemos na casa de Charlie naquela manhã? De uma coisa eu tinha certeza. Eu estava deixando minha amada família – meus amados pais – para traz outra vez e seguindo meu próprio caminho, e eu não sabia se esse caminho teria volta. A perspectiva de nunca mais vê-los era assustadora demais para pensar agora, justamente quando eu tinha que descobrir um jeito de despistá-los.
Eu não era mais uma menina – assim como Jacob não era mais um garoto – apesar da aparência. E infelizmente o destino quis me colocar a prova, me testando com coisas que eu sequer compreendia, como o amor impossível que eu sentia pelo rapaz ao meu lado, que crescia e se alojava cada vez mais fundo em mim. Como o ódio que se espalhava por meu corpo cada vez que eu pensava que, mais uma vez, Aro tentava tirar minha família de mim. Eu não apenas queria encontrá-lo e confrontá-lo, eu precisava daquilo. Sete anos não abrandaram minhas lembranças nem tão pouco minha raiva. Tantas coisas novas que se misturavam em mim, me mudaram mais rapidamente que qualquer outra coisa. Mas como manter a salvo as pessoas que amo, se elas estão tentando me impedir? Eu precisava despistar meus pais, devia haver um jeito. Mas como? Eu podia imaginá-los agora, chegando em Forks e ligando para mim, depois para Billy, que diria a eles que eu e Jacob tínhamos ido visitar Charlie. Então minha mãe ligaria para Charlie e ele diria que não estivemos lá. E eles estariam em nosso encalço antes do amanhecer, nos rastreariam e nos encontrariam. Meu pai descobriria tudo e todos estaríamos expostos. Não podia acontecer, eu me certificaria disso. Eles não podiam nos encontrar, não agora que eu estava chegando perto.
Eu não fazia idéia do quanto tempo demorei para concluir tudo isso, quando olhei para Jacob, ele estava me olhando de esguelha, analisando meu comportamento mudo.
- Jake, pare o carro. – Jacob olhou de mim para a estrada escura e – concluindo que não podia parar no meio da pista sem acostamento – estacionou quase no meio das árvores, onde se abria um pasto de vegetação rala e espaça. Desligou o motor e esperou. Dois minutos de total silêncio se passaram, Jacob respirava fracamente enquanto encarava as próprias mãos no colo.
- Escute, precisamos pensar um pouco ok? – Eu não estava gostando da distância falsamente displicente que emanava de Jacob. Eu queria ouvir suas reclamações de como eu estava sendo irresponsável, de como seria impossível despistar nosso cheiro e nossa direção. Mas ele não disse nada. Apenas encarava o nada, esperando que eu falasse e despejasse mais maluquices. Respirei fundo e tentei deixar a voz firme ao falar. Falhei miseravelmente.
- J-Jake, fale comigo, esse silêncio está me matando. – Um lamurio trêmulo e suplicante escapou por meus lábios no lugar da frase corajosa e decidida que eu tentava formular. Jacob me encarou, seu rosto estava tranqüilo – insondável – mas seus olhos brilhavam de um jeito incandescente, quase me queimavam na escuridão que nos cercava.
- Eu concordei em vir até Forks com você para te tranqüilizar de que aqueles sonhos e visões não passavam de besteiras. – Disse ele numa voz fraca, mas suficientemente firme para me exaltar. – Mas as coisas se complicaram e eu não sei o que fazer. – Ele suspirou e voltou a encarar a escuridão. Fiquei quieta, ouvindo o coração dele martelar ruidosamente.
- E se você se ferir? Se estiver certa sobre os sanguessugas da Itália e isso for uma armadilha? – A cada palavra, sua voz tornava-se mais rouca e sua respiração mais audível. – Se era isso que eles queriam? Tirar você de perto de sua família? E eu te ajudando a colocar o pescoço a prêmio. – Jacob cerrava os punhos rigidamente, tentando conter os tremores que agora balançavam o carro.
- Jake, vá com calma. – Não seria nada fácil ficar num Rabbit apertado com um lobo enorme e raivoso. Ele respirou duas, três vezes e conseguiu encontrar o foco. Eu preferia que ele gritasse comigo, que despejasse toda raiva em mim e não que se culpasse e responsabilizasse por tudo que me acontecia. Mas como eu ia explicar a ele o quanto era importante prosseguir? Como eu o faria entender que lá no fundo, em alguma parte mais sábia e corajosa de mim, algo gritava furiosamente para que eu seguisse em frente sozinha? É claro que eu temia, afinal, eu não estava contando com nada além de meus instintos e visões desconexas de pessoas que eu não via há anos – ou que nunca vi.
- Não posso fazer isso Ness. Se algo der errado, se você… – Ele parou, inspirando grandes lufadas de ar, como se estivesse sufocando. Por um momento eu pensei que ele fosse sair do carro, arejar a cabeça, mas ao invés disso ele girou a chave na ignição e ligou o carro.
- Jake, o que… – Não tive tempo de terminar a frase.
- Estamos voltando Nessie. Vou te levar para casa e nós vamos esclarecer as coisas com sua família. – Sua voz era grave e dura, ele não me olhou enquanto falava. Colocou o carro de volta na estrada e acelerou para o sul.
- Jake, você não pode fazer isso! – Eu gritei para ele, tentando fazê-lo parar o carro. Mas Jacob mantinha-se firme.
- Você pode me odiar por isso Nessie, mas eu não vou deixar você se matar.
E então, tudo aconteceu rápido demais. Em um segundo eu olhava boquiaberta para Jacob, tentando pensar num jeito de fazê-lo seguir em frente comigo, e em outro eu estava me estatelando contra o vidro semiaberto do carro. Jacob freou bruscamente logo após uma curva fechada, o carro não estava tão rápido – pelo menos não para mim – mas foi o suficiente para me fazer bater contra a porta e arrancá-la com um baque de pedra contra metal. Rolei pelo asfalto em meio aos cacos e ferragens ainda presos em mim, escorreguei por um barranco íngreme encoberto por uma relva baixa. Quando finalmente parei, na encosta do morro, eu não estava nem um pouco machucada, mas minhas roupas estavam arruinadas, rasgadas e sujas de terra em toda parte, e eu estava muito irritada. Sentei na terra fofa e comecei a me livrar dos cacos de vidro emaranhados em meus cabelos, minha raiva era tão grande que desejei que Jacob, pelo menos, tivesse quebrado um dedo ou dois. Foi então que ouvi passos na estrada acima, o atrito de solas de sapato contra o solo e o barulho desajeitado que projetavam me diziam que não eram de Jacob. Escutei com mais atenção, e se nenhum caco de vidro estava obstruindo minha audição, eu estava certa de que eram três pessoas distintas. Inspirei. Um cheiro quente de suor, sujeira e bebida chegou até mim. Humanos.
Comecei a subir a encosta do barranco o mais silenciosamente que pude. O que diabos três humanos estavam fazendo no meio de uma estrada à noite, e pelo que parecia, a pé? Me ocorreu então que Jacob fora obrigado a parar para não atropelá-los. Bem, isso não atenuou minha raiva, se ele não estivesse agindo como uma babá irritante, nós não estaríamos aqui, perdendo um tempo precioso da fuga.
A voz de um dos três homens soou estranhamente alto na noite imaculada, e eu parei, a três metros da borda para ouvir.
- Você acha que ele está morto? – Perguntou um deles, se aproximando alguns passos do Rabbit sem porta. Perguntei-me o que Jacob estava pretendendo, fingindo-se de morto.
- Talvez. Vamos logo com isso, reviste tudo. O carro devia estar podre, olhem onde foi parar a porta. – Desdenhou o outro. Os três homens riram e começaram a apalpar as reentrâncias do carro. Eles com certeza não viram quando voei morro abaixo, fora tudo muito rápido para olhos humanos captarem no escuro. Não seria uma boa idéia aparecer assim, suja, mas sem nenhum arranhão, depois de rolar um barranco com cacos de vidro pra todo lado. Eles perceberiam algo de errado comigo. Esperei eles terminarem o serviço e darem o fora. Ladrõezinhos de merda, Jacob ia ficar muito louco quando visse seu carro arruinado daquele jeito. Mas por que ele não estava socando aquelas caras nojentas? Se eu conhecesse Jacob como pensava conhecer, um amassado na lataria daquele carro já justificava uns tapas.
Uma apreensão ácida começou a ferver em meu estômago. E se Jacob estivesse realmente ferido? Ele se curaria não é? Afinal, ele era um imortal, como eu. Apesar de saber que Jacob poderia ser esmagado por um ônibus e ainda estaria fazendo piada, não pude deixar de subir mais alguns metros e espiar entre a vegetação na borda. Dois dos homens se espremiam pelo buraco onde eu arranquei a porta do passageiro, um remexia nossas mochilas no banco traseiro, o outro apalpava o porta-luvas. O terceiro estava do lado oposto, onde provavelmente Jacob estava fingindo-se de morto. Eu não podia deixar de achar estranho aquela atitude completamente incomum de Jacob. Nem em um milhão de anos eu pensei que iria presenciar o dia em que Jacob não estivesse animado por uma briga, mesmo com humanos fracos e sensíveis. Eu não conseguia enxergar Jacob dalí, os homens tapavam meu campo de visão, então apenas esperei que terminassem seu saque logo, para que eu pudesse convencer Jacob de seguir para o norte comigo.
- Achei um celular, uma carteira recheada de verdinhas e vários cartões de crédito. Aqui diz que é de uma tal de Re-ne-sse Cullen, que nome estranho. Será que esse aí roubou? Não achei nada dele aqui, só uns trapos velhos. – O homem ao lado da janela do motorista começou tatear os bolsos do jeans e da jaqueta de Jacob. E então, os outros dois se afastaram alguns passos, contando o dinheiro que pegaram em minha bolsa. Foi quando eu vi a mão de Jacob subir veloz até o pescoço do homem que tateava seus bolsos. O homem pulou para traz com os dedos de Jacob apertando ferozmente seu pescoço. Os outros dois pararam, e uma gritaria nervosa de “largue ele” e “eu vou atirar” se embaralhou na cena. Jacob segurava o homem num aperto de aço enquanto varria a noite a minha procura. Ele nem sequer piscou quando saiu do carro guindando o homem a dez centímetros do chão pelo pescoço. Ele contornou o carro e atirou o homem roxo e ofegante aos pés dos companheiros armados. Olhou para a porta do carro retorcida na guia da estrada e deu um passo em direção ao barranco atrás dos homens. Dois tiros ecoaram na noite e Jacob tombou no asfalto negro.
***
Não pensei que seria assim. Sempre que me imaginava frente a frente com a morte eu supostamente estava chorando, ou lutando, ou ao menos, lamentando. Mas só o que havia em mim nesse momento era uma dormência exaustiva, como se meu corpo estivesse cansado como jamais estivera em toda minha vida. O mais curioso é que eu podia sentir cada parte de mim, nunca estive mais consciente de meu corpo, de minha mente, de meu coração pulsando como jamais fez em toda minha curta vida. E havia minha alma, uma luz de esperança dentro de cada ser vivente, e ela agora estava corrompida, partida ao meio, irremediavelmente manchada de vermelho, de sangue humano. A única coisa que me fez parar foi a total ausência de vida naqueles três corpos inertes e secos. Como pude contrariar toda a crença de minha família? Como pude ignorar séculos e séculos de negação, de esforço, de sofrimento? Aqui, aninhada no colo do homem que me arrastava floresta adentro, do homem que – contrariando seus instintos e os horrores do que eu acabara de fazer – estava me levando embora, para longe dos meus pecados, para longe da minha desgraça, eu só conseguia sentir mais repulsa por mim mesma. Eu não podia justificar aquilo, nem para mim, nem para ninguém. Ouvi os tiros, vi Jacob tombar, vi seu sangue ser derramado e simplesmente me atirei contra seus agressores. Rasguei a garganta dos três e não parei até a última gota daquele líquido imundo escorregar por minha língua e se infiltrar em minhas veias como um ácido corrosivo – e delicioso. O pior em todo aquele pesadelo foi sentir o prazer pulsando em mim, foi me sentir tão vívida e fortificada que nem mesmo a vergonha e a repulsa conseguiam fazer meu corpo parar de funcionar, como uma festa. Minha mente estava apenas parcialmente consciente de Jacob ateando fogo nos corpos e no carro que tanto se esforçou para montar, seu primeiro grande feito. Os ferimentos de bala já estavam fechados em seu peito quando me ergueu do chão, suja de sangue e terra, e me levou para longe do fogo, da fumaça dos corpos queimando, da cena do meu crime.
Ele não disse nada, apenas limpou minha sujeira, encobriu meu mal feito e me carregou nos braços pela floresta rumo ao norte e não parou de correr até o limite do estado.

CAPITULOS RISING SUN ESTÃO DE VOLTA !!!

ISSO MESMO :)
Eu postei aah mtoo tempo, nos posts antigos,a história, dividida em capitulos, de,Rising Sun até o capitulo 11, estão lembrados?Graças ao sucesso, eles estão de volta! Para quem, está agora, vendo o blog, nos posts antigos você encontra, os capitulos do 1 até o 11. É só acessar, nas postagens mais acessadas, que você achará o capitulo 9,10,11 e também o post falando da história, ook?
Aos poucos vou colocar aqui até o capitulo, antes de eu falar, "NÃO SURTEM" , até o capitulo 40 !! Isso mesmo, a fã, ques escreve essa saga online, já fez, até este capitulo, estou dizendo na absoluta sinceridade, pra vocês. A autora: "Obrigado a todos que leram e se apaixonaram por Rising Sun. Eu comecei sozinha, mas hoje estou terminando apenas por que vocês tornaram isso possível! Anna Grey."
Bom, eu vo postar os cpaitulos, uns 4 toda semana, e aguardo que lêêm, ansiosamente como eu para os proximos, ook? Não fiquem chateados, comigo porque nao vou publicar, todos dê uma vez, porque é estremamente, cansativo. O blog, já está novo, se perceberam e eu antensiosamente coloquei todos os capitulos, da lua de mel censurada de Bella e Edward, do livro Amanhecer, pra vocês aqui, este mês, não? Entao.. faço tudo, para o blog, sempre ser o the bes't, eu amo mto vocês, os seguidores mais lindos <3'
No proximo post, (o acima deste) o Capitulo 12, A estrada de Rising Sun, com aquelas fotinhas lindas da intruduçao, que eu colococava, sempre, lembram? (=
bye, gnt, beijos,
Jade Cardoso.

Justin Bieber - Never Say Never 3D (Full-length Trailer)

Já que publiquei, no meu blog "jadecardoso" http://jadihcardoso.blogspot.com/ , resolvi vim aki e publicar tmb, pq mesmo quee aki o blog, seja do WORD TWILIGHT, o astro mundialmente conheçido, Justin Drew Bieber, lançara ano que vem, seu filme NEVER SAY NEVER 3D .
Como todos estão ansiosos pra éstreia, que ano que vem, tmb estreia aki no Brasil, deixo aqui o Full Lenght Trailer do filme Never say never, ee antes qe me perguntem, eu acho que é o trailer oficial do filme, que já está sendo divulgado, e que talvez, ele tenha montagens, não officiais. Mas está aqui o trailer \o/ Queem quiser, ver o Official Poster Reveal do filme, acessa meu outro blog, donde eu peguei: http://jadihcardoso.blogspot.com/ e confere. Okk? Espero vocês, meus lindos, lá (:


4 de out. de 2010

ULTIMO CAPITULO, AMANHECER, LUA DE MEL, Capitulo X- Labirinto, narrado por Bella e Edward,

Did you ever think of me
As your best friend
Did I ever think of you
I'm not complaining

I never tried to feel
I never tried to feel
This vibration
I never tried to reach
I never tried to reach
Your eden."

Eden - Hooverphonic (entre outros tantos que gravaram essa música)

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Narrado por Bella:

Acordei algumas vezes naquela noite, ou seria consegui dormir algumas vezes naquela noite? Os sonhos vinham rapidamente, com o sono ainda leve, sempre com ele, sempre com seu corpo, sempre com as sensações que eu estava descobrindo devagar. Se eu pudesse ficar vermelha em sonhos, com certeza ficaria, e talvez tivesse ficado na vida real, e talvez ele estivesse vendo, porque nos meus sonhos eu não tinha reservas, e me abandonava em seus braços sem uma gota de timidez. Mas acordei algumas vezes naquela noite, sempre para sentir que nós estávamos novamente em chamas, seu corpo sempre pronto contra o meu, que por sua vez sempre o recebia sem reservas, e igualmente disposto. Eu não me cansava de estar com ele daquela forma, e ele não parecia cansado tampouco. Algumas vezes eu não sabia dizer se era sonho ou realidade, ou ambas as coisas. Sei apenas que parecíamos nos esforçar para matar toda a sede que tínhamos um do outro há tantos meses, como se o amanhecer pudesse trazer algo diferente, uma outra realidade que pudesse negar o que estava acontecendo. A noite conspirava a nosso favor, fazia a magia daquele momento se estender, perdurar. A noite abrigava aquele amor errado e certo, aquele atentado à racionalidade. A noite nos pertencia.

Em alguns momentos eu percebia tudo nitidamente. Os olhos haviam se acostumado à escuridão, e a lua descera até perto do mar, e entrava pela janela, deixando tudo branco. As velas já haviam se apagado há muito tempo, mas eu não sentia frio; meu corpo estava um pouco entorpecido pelo prazer, incapaz de sentir qualquer outra coisa que não fosse ele, seus lábios, mãos, dedos, pele. Eu mergulhava o olhar no dele, e subíamos mais uma vez aquele caminho em espiral que nos levava até o céu. E quando voltávamos para a terra começávamos tudo de novo.

Em outros momentos as coisas ficavam embaçadas, geralmente quando ele me arrancava do sono com delicadeza, sempre doce, sempre gentil - a princípio. Com o passar dos minutos ele ia se tornando mais selvagem, mais intenso, e eu comecei a ficar à vontade com o predador que ele era, sabendo que eu podia ser sua presa eternamente, voluntariamente, e talvez aquilo o saciasse. E percebi, em um determinado momento, que eu não queria mais me tornar um vampiro; eu queria permanecer exatamente daquele jeito, sendo o calor que ele não podia mais encontrar de outras formas a não ser no sangue, vendo sua expressão transtornada de prazer e alegria.

Não havia vida para mim longe de Edward. Eu aprendera isso na carne, em um tempo que agora parecia distante demais para ter algum significado. O agora era muito diferente. E eu queria prolongar aquilo enquanto eu pudesse. Meu corpo estava cansado, dolorido, eu teria algumas marcas pela manhã, sentira momentos curtos de dor, mas tudo aquilo virava nada quando comparado com o tudo que tínhamos alcançado naquela noite.

Foi com essa certeza e determinação que adormeci, já ouvindo alguns pássaros ao longe, anunciando a chegada iminente do sol. Ainda estava tudo escuro, mas eu podia sentir a mudança no ar, meu corpo estava muito consciente de tudo. Ele despertara, enfim. Antes de adormecer, pude ouvir que Edward sussurrava minha música baixinho, acariciando meus cabelos, e me mandando dormir.


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narrado por Edward :


Quando o sol nasceu eu estava do lado de fora da casa, olhando o mar. Bella estava profundamente adormecida, o coração batendo devagar, no ritmo da respiração suave. Tudo ao meu redor saía lentamente de seu estado letárgico. O barulho das pequenas ondas exercia um efeito calmante sobre minha mente, e eu me esforçava para não ceder à agitação que tomava conta de mim. Havia coisas que eu precisava encarar, mas não precisava ser agora. Agora tudo que eu queria era aproveitar o resto da noite que ia embora, antes de voltar a ser o Edward que eu aprendera a ser ao longo dos anos.

Entrei no mar lentamente, deixando a água envolver meu corpo ao mesmo tempo em que lavava de mim o cheiro de Isabella Cullen. Aquilo me causou alívio e dor ao mesmo tempo. Era um alívio poder respirar de novo sem reservas, sem restrições, sem tanta sede. Mas ao mesmo tempo em que a água carregava seu cheiro com ela, eu já pensava em voltar para a cama e me deitar ao lado dela, e vigiar seu sono, e tocá-la. Era um vício impossível de resistir por muito tempo. Olhei para o passado, em como havia sido no início de nosso relacionamento, em como eu não conseguia passar muito tempo longe dela, longe do pensamento nela. Agora era muito pior.

Mergulhei na água quente e nadei por um longo tempo, ainda me recusando a encarar as coisas que eu precisava encarar. Naquele momento eu não queria pensar em tudo que tinha acontecido. Aquilo ia me destruir lentamente se eu não tomasse cuidado: culpa, remorso, eu não sabia como lidar com esses sentimentos que eram já antigos, mas agora renovados. Porque era ela que estava em jogo ali. Quando voltei me sentei um pouco na areia, deixando os raios ainda fracos do sol banharem minha pele, eu me via cintilar fracamente, pálido. Não conseguia ouvir um único pensamento humano por perto. Eu estava completamente sozinho com Bella. E eu..

Balancei a cabeça, deixando as lembranças voltarem mais um vez à superfície, escolhendo com calma a ordem e a intensidade do retorno. Eu precisava compreender o que havia acontecido antes de descer ao inferno novamente. Antes que a necessidade irracional de me afastar dela mais uma vez me dominasse e eu fugisse sem olhar para trás. Eu não a merecia. Não merecia aquela entrega, não havia merecido aquela noite. Ela não podia confiar em mim. Nem eu.

Não me lembro exatamente como aconteceu, só me lembro de estar alternando estados de consciência e inconsciência – e essa era a primeira vez que aquilo me acontecia dessa forma. Eu não dormia, não sonhava, mas a experiência física com ela havia aberto para mim novos estados de consciência. Tanto uma consciência mais exacerbada como algo próximo da inconsciência. E foi num desses estados que me aproximei dela mais uma vez enquanto ela dormia, meu corpo queimando de sede e aflição, incapaz de se saciar, com a vontade cada vez maior de tê-la de novo. Eu abracei seu corpo com o meu, ela estava deitada de costas para mim, profundamente adormecida. O cheiro que vinha dela me queimava lentamente a garganta, o estômago, os olhos, tudo ardia. Entendi naquele momento que enquanto Bella estivesse viva eu sempre teria que conviver com a sede. E que quanto mais tempo eu ficasse com ela daquela forma tão próxima, mais difícil seria de lidar com ela. Eu estivera errado em achar que poderia me acostumar. A sede e o amor andavam de mãos dadas. Eram indissociáveis. Ambos eram parte de mim; eu era instinto, razão, emoção e não podia negar minha essência. Olhei impotente enquanto me aproximava de seu pescoço macio em câmera lenta, meio hesitante, meio incapaz de parar. Eu a queria com o corpo, com a alma, mas eu queria mais, como uma mariposa eternamente arrastada para a luz, contra sua vontade. Minha boca estava seca, mas o veneno começou a escorrer lentamente das presas, enquanto eu me colava a ela, hipnotizado. Meus olhos perceberam uma artéria pulsando no pescoço, e aproximei meu rosto do local, deitando minha cabeça próxima a seu ombro. Ela se mexeu durante o sono, gemendo. O som não me incomodou nem foi suficiente para me tirar do transe. Eu queria provar seu sangue novamente.

Foi fácil romper a pele do ombro com delicadeza com uma mordida leve, com cuidado, para não contaminar seu organismo. O sangue brotou em pequenas gotas, e eu inspirei profundamente, sentindo o perfume contra o qual eu lutara infinitas vezes me invadindo com a força de um sol. O que eu estava fazendo? Milhões de vozes gritaram dentro de minha mente, mas eu as ignorei, e toquei as gotas com a língua, a princípio gentilmente. Ela se mexeu mais uma vez, e gemeu meu nome. Que sensação ela teria? Mas ela não podia acordar. O que eu estava fazendo? Porque eu tinha concordado com aquilo? Bella despertara tudo aquilo que eu refreava em mim. Tudo.

Com ela eu me tornava completo.

O que aconteceu depois está envolto em uma névoa avermelhada. Não tentei forçar as memórias a voltarem; sei apenas que depois de um tempo bebendo dela vagarosamente eu me vi mais uma vez dentro dela, com as duas coisas acontecendo simultaneamente. O fluxo de sangue cessou, e a ferida mal aparecia em sua pele. Eu não senti a necessidade atroz de continuar como da outra vez, em que havia tomado uma quantidade ainda maior de seu sangue contaminado. Desta vez seu sabor era puro, rico e matizado por todas as mudanças que eu havia causado nela. Nem de longe parecido com o que eu imaginava, porque era infinitamente melhor, mais saboroso, mais intenso... E ela havia me preenchido. Ao mesmo tempo em que eu queimava de raiva por mim mesmo, de angústia, de apreensão... Aquele tinha sido o momento mais belo de toda a minha existência.

O problema não foi exatamente o fato de eu não ter conseguido me controlar o suficiente para evitar o que tinha feito. O problema era que não havia acontecido de verdade. Eu havia sonhado. Só percebi isso quando as coisas voltaram ao foco e eu percebi que sequer havia tocado em Bella enquanto todas essas coisas aconteciam apenas em minha mente. Fiquei horrorizado quando descobri. Não podia distinguir de maneira alguma o que era real do que era imaginário. E se isso tinha acontecido por causa da libertação que havia sido aquela noite, ela jamais poderia se repetir. Eu não podia me permitir. Talvez o desejo de beber seu sangue falasse mais forte e eu acordasse com ela morta em meus braços. E minha vida perderia todo o sentido.

Eu não era confiável.

Deixei os sentimentos me queimarem enquanto o sol subia. Enquanto eu lutava pacientemente contra a raiva e a culpa. No final, venci a batalha, por muito pouco. Resolvi que merecia aquilo. Que tudo tinha dado certo. E que eu não permitiria que ela soubesse. E que eu não me permitiria nunca mais tocá-la daquela forma enquanto não fosse seguro. Enquanto ela fosse tão frágil. Eu nunca mais a colocaria em risco de novo.

Sim, eu podia fazer isso.

O sol estava mais alto. O coração e a respiração de Bella começaram a sair do padrão lento, e a acelerar levemente, o que significava que ela ia acordar em breve. Voltei para a casa, tomei um banho, e me deitei novamente ao lado dela. Tentei evitar olhá-la por enquanto. Isso só tornaria mais difícil sustentar minha decisão. Ela não precisava saber o porque, mas com certeza iria exigir uma resposta que fosse razoavelmente aceitável. Eu percebera mais cedo que ela estava com alguns hematomas, nada muito grave, levando em consideração a noite que tivemos. Mas isso precisaria servir.E eu precisaria de toda a minha determinação para não tomá-la de novo. Por quanto tempo eu conseguiria resistir a ela? Não sabia.

A despeito de toda a emoção que sentia, o frio na barriga que me assolou ao pensar que eu em breve precisaria enfrentar sua fúria – justificada – e dos resquícios de culpa, eu não pude impedir um sorriso lento de se instalar em meu rosto. Aquele seria o primeiro dia do resto de minha vida com ela. E ela era Bella, afinal de contas. Eu conseguira tudo o que queria.

E eu sabia que cada dia seria mais um dia de descobertas. Eternamente.

(Fim.)