1 de fev. de 2010

Rising Sun-terceiro capitulo

Abaixo vcs podem conferir o terceiro cpaitulo d Rising Sun..
Depois posto o quarto =D,
Jade Cardoso


(Essa Fanfic foi escrita por mim e é nada mais que uma homenagem ao trabalho maravilhoso de Stephenie Meyer e à essa saga que todos nós amamos.
Se gostaram da Fic, divulguem para outros fãs da saga! Bjos, Grey!)







Capítulo 3 – Confissão


- Pai, eu não sei como fazer isso. Eles vão pensar que eu pirei de vez – Sussurrei calmamente para ele.
A família toda estava reunida na sala de jantar, todos sentados em volta da grande mesa de mármore escuro que Esme sempre decorava com um vaso de flores silvestres. Uma reunião de família.
Depois de socorrermos Jacob e o acomodarmos em meu quarto, meu pai me fez prometer que eu contaria tudo. Manter segredos em nossa grande e talentosa família era praticamente impossível. Então, essa noite eu seria a anfitriã de mais uma reunião no clã dos Cullen.
- Eles são sua família Nessie, não há nada que você não possa nos contar, e não por que eu vou ler na sua mente, ou Jasper vai sentir em suas emoções. Se Alice pudesse ver você e Jacob ela com certeza não teria te julgado também. – Ele tocou minha mão, me encorajando a admitir minha insanidade e meus receios infundados para os sete vampiros que me olhariam docemente e me confortariam do modo protetor que cada um deles reservava para a caçula meio humana da casa. Mas mesmo assim, eles mereciam uma justificativa para minha atitude medonha com Jacobnaquela tarde, e eu, prometera a meu pai esclarecer as coisas de uma vez.
- Que assim seja então, pai. Vamos acabar logo com isso! – Me levantei da beirada da cama ondeJacob dormia profundamente e caminhei para a porta me sentindo envergonhada. Antes de sair, olhei para Jacob dormindo, seu rosto estava pacífico, e seu enorme corpo estava inerte, envolto em meus lençóis brancos. Respirei fundo.

- Ele vai ficar bem Ness, Jacob é forte, feito especialmente para agüentar esse tipo de agressão de vampirinhas nervosas, e… – Ele hesitou, deixando desaparecer o tom brincalhão de sua voz -… Ele gosta muito de você Nessie, mais do que você julga, ele vai te perdoar antes mesmo do primeiro osso quebrado cicatrizar.
Olhei para Jacob mais uma vez, e saí do quarto. Mantive a velocidade de um humano que está se dirigindo para sua sentença de morte. Meu pai me acompanhou, descemos as escadas juntos, degrau por degrau, de mãos dadas. Enquanto descíamos, eu mostrei a ele uma imagem de desenho animado, onde o gato se aproxima da forca e a marcha fúnebre é tocada ao fundo. Nós rimos baixo, numa compreensão que só era possível com meu jovem pai talentoso.
***
A sala de jantar estava envolta em tensão e dúvidas silenciosas. Jasper estava sentado rigidamente ao lado de Alice, e pela sua expressão a tensão no ar não fazia mais bem a ele do que a mim. Carlisle encabeçava a cúpula dos Cullen, em seu lado esquerdo estavam Esme, Rosalie eEmmet. Do lado direito, minha mãe, Alice e Jasper.
Pedi a meu pai que ficasse comigo, que me ajudasse a explicar toda aquela loucura a minha família. Nós nos mantivemos em pé, na outra extremidade da grande mesa retangular. Eu passei meus olhos por cada rosto pálido e rígido na mesa, e então comecei…
- O que ocorreu essa tarde com Jacob e eu, foi um descontrole da minha parte. Nós estávamos envolvidos num tipo de luta divertida e então… – Eu parei. Esse não era o ponto crucial dessa conversa, e o único que importava de fato. Eu estava enrolando, dando voltas desnecessárias. Respirei fundo e me preparei para a confissão.
- Há alguns meses atrás, eu comecei a ter sonhos, ou melhor dizendo, pesadelos um tanto…realistas demais. Todos vocês se lembram muito bem de como eu acordava no meio da noite. – Eu os olhei novamente, observando suas reações. – Algum tempo depois eu disse a vocês que os pesadelos haviam desaparecido, mas eu menti. – Minha mãe lançou um olhar indignado a meu pai e depois a mim. Ela estava se sentindo enganada por nós dois, eu queria me desculpar, mas eu ainda tinha muito a contar.
- Eles continuaram com a mesma freqüência, noite após noite eu revivia aquela manhã em Forks, noite após noite eu ouvia Aro repetir aquelas mesmas palavras. – Eu parei, relembrando meu sonho repetitivo.
- Ah querida, porque não nos contou? – Esme resmungou do outro lado da mesa, com suas feições retorcidas numa angústia maternal.
- Eu não quis preocupar ninguém Esme, afinal, eram apenas sonhos. Mas as coisas foram fugindo do meu controle, e isso começou a afetar meus sentidos. Da última vez que Emmet tentou um de seus ataques surpresa eu quase arranquei seus braços… – Eu parei olhando para minhas mãos, envergonhada.
- É… eu me lembro disso – Disse Emmet rispidamente. Rosalei o cutucou de leve.
- Continue querida – A voz calma de Carlisle me incentivou.
- Bem, eu não podia esconder nada de meu pai, então eu praticamente o obriguei a não comentar nada com vocês, especialmente com você mãe. – Eu lancei um olhar de desculpas para ela. Ela devolveu o olhar sem expressão alguma, apenas me olhava como quem olha uma parede.
- E então, os dias foram passando, e nada mudou, eu estava certa de que eram apenas lembranças da minha curta infância, mas depois de hoje, eu não tenho tanta certeza. – Eu olhei para meu pai, parado, imóvel em meu lado. Ele olhava para minha mãe com um misto de arrependimento e dor. O resto deles me ouvia atentamente, sem transparecer nenhum sentimento evidente. O silêncio voltou à sala, pairando sobre nossas cabeças. Depois de alguns minutos, Alice falou:
- O que você quer dizer com “agora não tenho tanta certeza”? – Perguntou ela.
- Quero dizer que ter pesadelos repetitivos assim não é algo muito normal, eu estou convencida de que eles significam mais do que apenas lembranças. – Falei seriamente.
- Mas Ness, o que mais pode significar? Eu estou de olho em Aro e nos Volturi o tempo todo, se eles tentassem algo, eu saberia. – Disse Alice, quase indignada.
- Não sei Alice, sinceramente não tenho uma resposta para isso. Eu apenas sinto que algo não está certo, além disso, todos nós sabemos como Aro pode ser inventivo quando quer algo. – Olhei sombriamente para ela.
- Então é disso que se trata? – Minha mãe falou pela primeira vez, sua voz estava séria, grave. – Você acha que Aro vai tentar alguma coisa contra nós?
- Contra nós não, querida. – Disse meu pai numa voz calma e suave – Os sonhos de Nessie são basicamente repetições de fatos que ocorreram na clareira aquele dia, mas vendo todas as reprises na mente dela eu já posso arriscar um padrão. Ela teme por Jacob. – Ele me olhou calmamente.
- O que o cachorro tem a ver com isso? – Perguntou Rosalie, mal humorada.
- Eu vejo a cobiça de Aro. Como se, de alguma forma ele quisesse a nós dois, como se ele já tivesse isso… – Eu tentei explicar.
- Ness, você sabe que isso é pouco provável. – Interrompeu Carlisle – Mesmo que Aro pretendesse alguma coisa com vocês, nós saberíamos de alguma forma. Alice está de vigia e qualquer desconhecido que Aro envie até nós seria facilmente detectado por seu pai. Querida, nós não estamos desprevenidos. Desde a última visita dos Volturi, nós nos preparamos. Você não precisa se preocupar tanto assim. – Carlisle me olhava serenamente, tentando me confortar.
Eu não podia negar. Carlisle tinha certa razão sobre isso, nós estávamos realmente preparados para os Volturi. Nós tínhamos as peças em seus lugares, preparadas para interceptar o inimigo. Mas isso não mudava nada.
Os sonhos continuaram irredutíveis e imutáveis. Os olhares de minha família sobre mim ganharam uma forma atenta, quase como se eles estivessem esperando um novo surto.
Jacob se curou rapidamente, e assim que pôde se manter em pé, ele quis voltar para seu chalé, sob a alegação de “vocês fedem muito.”
Minha mãe e meu pai se entenderam nos cinco minutos seguintes ao fim da reunião. E eu sabia que tudo ficaria bem e deixei que esse assunto fosse superado por todos. Apesar da constante vigia de meu pai e minha mãe, eu resolvi não me importar.
Eu decidi, então, me dar uma última chance de cura. Eu continuaria a viver minha vida normalmente, deixaria que todos os pesadelos simplesmente se cansassem de mim, como eu me cansei deles. Eu nunca mais iria preocupar ninguém com meus devaneios, nunca mais deixaria meus sentidos me controlarem, nunca mais pediria que meu pai mentisse por mim. Nunca mais machucaria Jacob.

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